UTILIZAÇÃO DE URINA DE VACA COMO BIOFERTILIZANTE E REPELENTE DE LAGARTA ROSCA ( Agrotis ipsilon ) NA CULTURA DA ALFACE ( Lactuca sativa )
Palavras-chave:
bioinseticida, cultivo orgânico, olerícolaResumo
A cultura da alface (Lactuca sativa) atinge anualmente uma produção de cerca de 1,5 milhões de toneladas, sendo de bastante interesse econômico devido à alta demanda do produto e pouca necessidade de espaço para cultivo, beneficiando assim pequenos e grandes produtores. A exploração da agropecuária resulta na geração de subprodutos orgânicos que tem dado resultados satisfatórios na aplicação no cultivo de olerícolas. A urina de vaca é considerada um subproduto derivado da pecuária leiteira que pode proporcionar melhor desenvolvimento das plantas, antecipando seu ciclo, evitando pragas e proliferação de doenças. Considerando o rápido desenvolvimento da cultura da alface, a utilização da urina de vaca como biofertilizante e bioinseticida se torna uma alternativa de baixo custo e viabilidade para o produtor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência de lagarta rosca e a produtividade da cultura da alface com a utilização de urina de vaca em diferentes concentrações. Os tratamentos consistiram em Testemunha (sem aplicação), Tratamento químico (Avatar 16ml/100L), urina 25%, urina 50% e urina pura (100%), com quatro repetições, totalizando 20 parcelas em delineamento experimental em blocos casualizados. A cultivar utilizada no experimento foi a alface americana, com o total de 4 plantas úteis por parcela, sendo analisadas se houve ou não a presença de lagartas e a análise de produtividade foi calculada através da matéria fresca. Os tratamentos de urina fermentada de vaca, tiveram eficiência no controle da lagarta, no entanto, a dosagem de 25% foi a que proporcionou maior desenvolvimento da planta. Dessa forma conclui-se que a urina de vaca é eficiente no controle de pragas e no desenvolvimento das plantas como biofertilizante e como bioinseticida, proporcionando duas funções em um só produto, além de ser viável devido seu baixo custo, tornando-se uma alternativa interessante tanto para o pequeno quanto para o grande produtor.